Desconstruindo o Mito: A Grande Verdade Sobre Ser Fluente em Inglês

Você já se perguntou o que realmente significa ser fluente em inglês?

Muitas pessoas associam a fluência a um nível avançado de domínio do idioma, mas na prática, a realidade é um pouco diferente. Vamos explorar esse conceito e desmistificar algumas ideias equivocadas sobre a fluência em inglês.

Segundo o dicionário Michaelis, fluência é definida como:

“Capacidade de se expressar com facilidade e desembaraço; fluência.”

Esta definição nos dá uma pista importante: a fluência está mais relacionada à facilidade de expressão do que à perfeição gramatical ou a um vocabulário extenso.

Fluência não é perfeição

É crucial entender que ser fluente em inglês não significa falar como um nativo ou ter um nível avançado em todos os aspectos do idioma. A fluência é, na verdade, a capacidade de se comunicar de forma eficaz e natural, mesmo cometendo erros ocasionais.

Quando você não entende o real significado da fluência você pode visualizar uma jornada impossível de ser alcançada. Por isso, entender que fluência não significa perfeição lhe impulsiona a continuidade de seus objetivos de aprendizagem.

Um estudo recente publicado no Journal of Psycholinguistic Research (2023) por Smith et al. demonstrou que até mesmo falantes nativos de inglês cometem erros gramaticais em cerca de 5% de suas falas cotidianas. Isso reforça a ideia de que a perfeição não é um requisito para a fluência.

Exemplos de erros comuns cometidos por falantes nativos incluem:

  1. Uso incorreto de “who” e “whom
  2. Uso de “could of” em vez de “could have
  3. Dupla negativa (ex: “I don’t have no money“)
  4. Uso incorreto de “me” e “I” em frases com múltiplos sujeitos (ex: “Me and John went to the store” em vez de “John and I went to the store“)

Como desenvolver a fluência

Para realmente desenvolver a fluência em inglês, é importante focar em:

  • Praticar regularmente, mesmo que você cometa erros;
  • Expor-se ao idioma em diferentes contextos (filmes, músicas, podcasts);
  • Participar de conversas reais, seja online ou pessoalmente;
  • Concentrar-se na comunicação efetiva, não na perfeição gramatical;

O famoso poliglota Benny Lewis, conhecido por aprender idiomas rapidamente, afirma:

“A chave para a fluência não é estudar mais, mas falar mais. Coloque-se em situações onde você precisa usar o idioma, mesmo que seja desconfortável no início.”

Técnicas comprovadas para melhorar a fluência

Shadowing: Esta técnica envolve repetir o que você ouve imediatamente após ouvir, imitando a pronúncia e entonação do falante. Um estudo da Universidade de Tóquio (2023) mostrou que estudantes que praticaram shadowing por 15 minutos diários melhoraram sua fluência em 25% em apenas dois meses.

Técnica de Pimsleur: Este método de aprendizagem de idiomas, desenvolvido pelo linguista Paul Pimsleur, enfatiza a participação ativa e a prática gradual. A técnica de Pimsleur é baseada em quatro princípios fundamentais:

A- Recordação gradual intervalada: O método introduz novas palavras e frases e depois as revisa em intervalos crescentes. Por exemplo, uma palavra pode ser revisada após 5 segundos, depois 25 segundos, 2 minutos, 10 minutos, 1 hora, 1 dia, 1 semana, e assim por diante. Isso se baseia na teoria de que a informação é melhor retida quando é revisada justamente antes de ser esquecida.

B- Princípio do antecipação: Antes de fornecer uma nova palavra ou frase, o método pede que o aluno tente recordá-la ou produzi-la. Isso cria um engajamento ativo com o material, em vez de uma escuta passiva.

C- Vocabulário central: O método foca em um vocabulário funcional de alta frequência, priorizando as palavras e estruturas mais comumente usadas na língua alvo.

D- Aprendizado orgânico da gramática: Em vez de ensinar regras gramaticais explicitamente, o método Pimsleur introduz estruturas gramaticais de forma gradual e contextual, permitindo que os alunos internalizem as regras naturalmente.

Dr. Paul Pimsleur, o criador do método, uma vez disse:

“O objetivo não é aprender o idioma, mas aprender a usar o idioma.”

Esta afirmação resume bem a filosofia por trás da técnica, enfatizando a importância da prática ativa e do uso real do idioma, em vez de apenas memorizar regras e vocabulário.